A Lua

by Christian Schloe - Gotas de Lua
Que a lua que sorri agora, me conduza para a parte bonita que há em mim. 
E que esta face amorosa possa acolher o meu eu inferior compreensivamente 
para que minha autocrítica não seja mais cruel que o meu arrependimento. 
Que eu não me acomode na culpa, mas aproveite a percepção da minha necessidade 
de evolução e ponha ação em minhas palavras, trabalhando árdua e diariamente 
para ser merecedora do bem-estar, da alegria e do entusiasmo. 
Que a tristeza seja só uma parte do meu dia, nunca a parte mais importante. 
E que eu possa me revigorar com uma simples e preciosa noite de sono: para sonhos novos. Que eu não me enalteça pelo que domino, e nem me diminua pelo que ignoro. 
Que haja em mim sempre o olhar atento dos que estão aptos para crescer 
e prontos para aproveitar o aprendizado. 

Que o meu melhor conselho seja a minha conduta e o meu exemplo.

Desejo paz

Marla Queiroz

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A cor da saudade



Era uma vez uma menina que tinha um pássaro encantado. Ele era encantado por duas razões: não vivia em gaiolas, vivia solto e vinha quando queria, quando sentia saudades... Sempre que voltava, suas penas tinham cores diferentes, as cores dos lugares por onde tinha voado. Certa vez, voltou com penas imaculadamente brancas e contou histórias de montanhas cobertas de neve. Outra vez, suas penas estavam vermelhas e contou histórias de desertos incendiados pelo sol. Era grande a felicidade quando eles estavam juntos. Mas, sempre chegava a hora do pássaro partir...

A menina chorava e implorava:
- Por favor, não vá. Terei saudades, vou chorar.
- Eu também terei saudades - dizia o pássaro - mas vou lhe contar um segredo! Eu só sou encantado por causa da saudade. É ela que faz com que minhas penas fiquem bonitas... senão você deixará de me amar. E partiu. A menina, sozinha, chorava.
Uma certa noite ela teve uma ideia: e se o pássaro não partir? Seremos felizes para sempre! Para ele ficar, basta que eu o prenda numa gaiola. E assim o fez. A menina comprou uma gaiola de prata, a mais linda que encontrou. Quando o pássaro voltou, eles se abraçaram, ele contou histórias e adormeceu. A menina aproveitou o seu sono e o engaiolou. Quando o pássaro acordou deu um grito de dor. - Ah ! O que você fez? Quebrou o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das histórias. Sem a saudade, o amor irá embora...

A menina não acreditou... achou que ele se acostumaria. Mas, não foi isso o que aconteceu. Caíram as plumas e as penas transformaram-se em um cinzento triste. Não era mais aquele o pássaro que ela tanto amava.. Até que ela não aguentou mais e abriu a porta da gaiola. - Pode ir, pássaro - disse - volte quando você quiser... - Obrigado - disse o pássaro - irei e voltarei quando ficar encantado de novo. Você sabe, ficarei encantado de novo quando a saudade voltar dentro de mim e dentro de você. Quantas vezes aprisionamos a quem amamos, pensando que estamos fazendo o melhor? Pense... deixar livre é uma forma singela de ter... Direcione o seu amor não para a prisão e sim para a conquista, sempre...


Rubens Alves

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