Fui criada em uma família Católica Apostólica Romana, minha mãe é super religiosa assim como meu pai o era. Sou batizada, fiz primeira comunião , me crismei, fiz curso de noivos e me casei na igreja católica. Meu marido conheci católico e frequntavamos a igreja aos domingo depois de casados. Batizamos nossos filhos, e o meu filho mais velho fez primeira comunhão, mas minha segunda filha não. Não porque ela e nem eu não desejasemos, mas a idade em que ela deveria fazer o catecismo coincidiu com meu câncer e todas as tragédias que aconteceram no ano em que ela devia se preparar.
Depois do câncer e morte de meu pai fiquei mesmo muito revoltada e a questionava tudo a minha volta. Não acreditava mais em nada. Padres, pastores, médiuns, budista, muçumanos, judeus e tudo que fosse religião ou se relacionasse a elas. A vida fica mais difícil, sem fé, mas naquele momento me sentia traída por todos, me afirmaram que meu pai tava curado e eu não tinha tumor maligno, e em menos de três meses eu tinha sido mutilada e meu pai havia morrido do linfoma. Acreditar em que, tinha pessoas morrendo de fome, crianças sendo jogadas pela janela, sequestradores matam adolescentes na frete de todos, sendo ainda transmitido pelas TV e ainda filhos que mataram os pais ficam em liberdade condicional, etc...
E assim eu pensava no que tinha lido na Bíblia:
“ Não cairá uma folha de uma arvore sem a minha permissão” e então tudo foi permitido por um Deus? Por que ele não age, porque não impede tanta desgraça?Nada sendo feito para mudar, porque uns com tanto e outros sem nada morrendo a mingua. Estava revoltada , não acreditava em Deus e nem na instituição chamada igreja. Que só existe para impor regras, por pessoas que se dizem abençoadas. Regras baseadas em um livro que abre espaçoa à tantas interpretações.
Um dia minha filha Isadora, muito sábia, senta junto de mim e fala que Deus é como um pai que ama todos os filhos e que deu livre arbítrio a todos, que não quer ver nenhum deles infeliz, mas que o mundo foi e será sempre foi, pois tudo isto esta na essência humana. Existe o outro lado para tudo, e se a medicina não curasse vovó ela teria morrido e se vovô morreu foi porque chegou a hora dele. E que sendo filha de Deus ele me amava como todos os seus outros filhos e não era ele o responsável pelas coisas ruins do mundo e que cabe a cada um de nós fazermos nossas escolhas e viver com a certeza que estamos fazendo o melhor. E me indicou ler o livro
“ A Cabana" que seria uma maneira diferente de conhecer Deus e me reencontrar com ele. E foi o que eu fiz.
Hoje, acredito em
Deus Pai, Filho e no Espirito Santo desvinculada de qualquer instituição religiosa que me queira me impor regras, formas de viver, dogmas e ou que quer que seja. Não sei se da maneira certa, para os outros, mas para mim esta é a forma correta. E você acha que eu realmente acredito em Deus?
Elaine Crespo
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